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segunda-feira, 16 de março de 2009

ENTRE A RAZÃO E A EMOÇÃO


Eu já tinha me decidido, ela chegou dando opinião, mudou tudo.

-Não, você não vai fazer assim, se não você vai prejudicar a pessoa.

Resolvi escuta-la e me dei mal.

-Essa molóide! Só abre a boca pra dizer besteira. É boazinha de dar raiva e, vive atrapalhando a minha vida. Só dá conselho que quando eu resolvo seguir, acabo caindo no fundo do poço.

Um dia uma amiga me indicou uma pessoa:

-Vai nele, ele vai ver qual das duas têm razão. Eu aposto que ele vai consegui resolver a questão – comentou minha amiga.

Como eu já não suportava mais a convivência com aquela bobalhona, resolvi aceitar o conselho da minha amiga e procurei a tal pessoa.

Chegamos na pessoa indicada, eu e a bobalhona.

Sentamos no sofá...

Eu falava, ela falava.

De repente, ela e aquele homem me trancaram numa cabine de vidro. Não sei como foi, quando eu vi já estava trancada, parecendo um animal enjaulado.

Os dois me observando, enquanto ele falava para a bobalhona:

-Liga aquele botão da cabine e queima ela. Ela só vive te cobrando, passou a vida te cobrando. Para ela você tinha que ser a melhor, não podia fracassar, só fez besteira, foi boazinha demais. Enfim, tudo que não deu certo na sua vida ela culpa você e ainda te chama de bobalhona. É só você apertar o botão e ela nunca mais vai dar opinião na tua vida, vira cinzas. Vamos aperte o botão, queima ela!

E a bobalhona continuou me olhando com aquela cara de dúvida e medo.

-Não consigo queimar ela, eu gosto dela, necessito dela para viver, com ela eu não tenho força mas, sem ela eu me sinto fraca.

-Ela te enfraquece, liga o botão! – insistiu o homem.

-Então faz o seguinte – falou a bobalhona:

-Me dá um minuto, sai da sala e me deixa sozinha com ela, quando eu te chamar é porque eu já dei um fim nela.

O homem saiu, a bobalhona veio na minha direção, abriu a cabine, me deu um abraço forte e falou:

-Nós só existimos juntas, eu não sou ninguém sem você e vice-versa.

Em seguida ela chamou o homem.

O psicólogo entrou na sala e perguntou:

E aí?

A bobalhona e a forte responderam.

-Virou cinzas...

RESUMINDO

Este conto é verídico e ocorreu com uma amiga minha na sala de um terapeuta.

EXPLICANDO

Todos nós temos um lado emoção e um lado razão dentro de nós. Eles devem agir em equilíbrio. Quando somos só razão, podemos magoar e atingir pessoas que não merecem e até a nós mesmos. Muitas vezes, após alguma atitude que tomamos, podemos descobrir que não estávamos com a razão. Afinal, não somos o dono da razão.

Por outro lado, ser só emoção também pode trazer conseqüências indesejáveis. Geralmente, quando agimos só com a emoção, deixamos de ver o que está por trás da situação. O ideal é o equilíbio.


Vale contar:

(desconheço a autoria)

Um índio após uma briga com o amigo, procurou um ancião da tribo que era conhecido pela sua sabedoria.

-Eu estou sentindo muita raiva do meu amigo, mas eu gosto dele. O que eu faço?

Perguntou o índio para o ancião.

O ancião então respondeu:

-Eu também tenho dois lobos dentro de mim, com fome, que vivem brigando, um é bom e o outro é mal.

O índio então perguntou para o ancião:

-Quem ganha a briga?

O ancião respondeu:

-Aquele que eu alimentar.

4 comentários:

  1. Muito legal o texto do terapeuta, do velhinho tb. Bjs

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  2. Muito bom! excelente. Estava divagando pela net à procura de uma imagem para Razão e Emoção. Vou postar essa imagem sua, com devidos créditos. Gostei do texto.
    Obrigado (sem prévia permissão, com eterna gratidão.

    John Meira
    (http://fotolog.net/profetadenod)

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  3. John Meira,

    Fico lisonjeada.
    Obrigado pela visita.

    Rita Maria

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