Eu já tinha me decidido, ela chegou dando opinião, mudou tudo.
-Não, você não vai fazer assim, se não você vai prejudicar a pessoa.
Resolvi escuta-la e me dei mal.
-Essa molóide! Só abre a boca pra dizer besteira. É boazinha de dar raiva e, vive atrapalhando a minha vida. Só dá conselho que quando eu resolvo seguir, acabo caindo no fundo do poço.
Um dia uma amiga me indicou uma pessoa:-Vai nele, ele vai ver qual das duas têm razão. Eu aposto que ele vai consegui resolver a questão – comentou minha amiga.
Como eu já não suportava mais a convivência com aquela bobalhona, resolvi aceitar o conselho da minha amiga e procurei a tal pessoa.
Chegamos na pessoa indicada, eu e a bobalhona.
Sentamos no sofá...
Eu falava, ela falava.
De repente, ela e aquele homem me trancaram numa cabine de vidro. Não sei como foi, quando eu vi já estava trancada, parecendo um animal enjaulado.
Os dois me observando, enquanto ele falava para a bobalhona:
-Liga aquele botão da cabine e queima ela. Ela só vive te cobrando, passou a vida te cobrando. Para ela você tinha que ser a melhor, não podia fracassar, só fez besteira, foi boazinha demais. Enfim, tudo que não deu certo na sua vida ela culpa você e ainda te chama de bobalhona. É só você apertar o botão e ela nunca mais vai dar opinião na tua vida, vira cinzas. Vamos aperte o botão, queima ela!
E a bobalhona continuou me olhando com aquela cara de dúvida e medo.
-Não consigo queimar ela, eu gosto dela, necessito dela para viver, com ela eu não tenho força mas, sem ela eu me sinto fraca.
-Ela te enfraquece, liga o botão! – insistiu o homem.
-Então faz o seguinte – falou a bobalhona:
-Me dá um minuto, sai da sala e me deixa sozinha com ela, quando eu te chamar é porque eu já dei um fim nela.
O homem saiu, a bobalhona veio na minha direção, abriu a cabine, me deu um abraço forte e falou:
-Nós só existimos juntas, eu não sou ninguém sem você e vice-versa.
Em seguida ela chamou o homem.
O psicólogo entrou na sala e perguntou:
E aí?
A bobalhona e a forte responderam.
-Virou cinzas...
RESUMINDO
Este conto é verídico e ocorreu com uma amiga minha na sala de um terapeuta.
EXPLICANDO
Todos nós temos um lado emoção e um lado razão dentro de nós. Eles devem agir em equilíbrio. Quando somos só razão, podemos magoar e atingir pessoas que não merecem e até a nós mesmos. Muitas vezes, após alguma atitude que tomamos, podemos descobrir que não estávamos com a razão. Afinal, não somos o dono da razão.
Por outro lado, ser só emoção também pode trazer conseqüências indesejáveis. Geralmente, quando agimos só com a emoção, deixamos de ver o que está por trás da situação. O ideal é o equilíbio.
Vale contar:
(desconheço a autoria)
Um índio após uma briga com o amigo, procurou um ancião da tribo que era conhecido pela sua sabedoria.
-Eu estou sentindo muita raiva do meu amigo, mas eu gosto dele. O que eu faço?
Perguntou o índio para o ancião.
O ancião então respondeu:
-Eu também tenho dois lobos dentro de mim, com fome, que vivem brigando, um é bom e o outro é mal.
O índio então perguntou para o ancião:
-Quem ganha a briga?
O ancião respondeu:
-Aquele que eu alimentar.
Muito legal o texto do terapeuta, do velhinho tb. Bjs
ResponderExcluirMuito bom! excelente. Estava divagando pela net à procura de uma imagem para Razão e Emoção. Vou postar essa imagem sua, com devidos créditos. Gostei do texto.
ResponderExcluirObrigado (sem prévia permissão, com eterna gratidão.
John Meira
(http://fotolog.net/profetadenod)
John Meira,
ResponderExcluirFico lisonjeada.
Obrigado pela visita.
Rita Maria
Muto bom mesmo, gostei!!!
ResponderExcluirBjs